CORPO HUMANO E SAÚDE NOS CURRÍCULOS ESCOLARES: QUANDO AS ABORDAGENS SOCIOCULTURAIS INTERPELAM A HEGEMONIA BIOMÉDICA E HIGIENISTA

Este artigo tem como objetivo discutir abordagens do corpo humano e saúde nos currículos de Ciências no Brasil. Reconhecendo a hegemonia da abordagem biomédica do corpo humano, acompanhada de uma visão de saúde higienista e de educação comportamentalista, nos currículos escolares de Ciências, sugeri...

Full description

Autores:
Lima Vilela, Mariana
Escovedo Selles, Sandra
Tipo de recurso:
Article of journal
Fecha de publicación:
2015
Institución:
Universidad Pedagógica Nacional
Repositorio:
Repositorio Institucional UPN
Idioma:
spa
OAI Identifier:
oai:repository.pedagogica.edu.co:20.500.12209/3979
Acceso en línea:
http://revistas.pedagogica.edu.co/index.php/bio-grafia/article/view/4247
http://hdl.handle.net/20.500.12209/3979
Palabra clave:
Rights
openAccess
License
https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
Description
Summary:Este artigo tem como objetivo discutir abordagens do corpo humano e saúde nos currículos de Ciências no Brasil. Reconhecendo a hegemonia da abordagem biomédica do corpo humano, acompanhada de uma visão de saúde higienista e de educação comportamentalista, nos currículos escolares de Ciências, sugerimos que outras abordagens sobre Corpo Humano e saúde – aqui nomeadas como abordagens sociais e culturais – vêm interpelando essa hegemonia. A partir do referencial do conhecimento escolar (Forquin, 1993; Lopes, 1999), e tomando por base o que Ball (2001) define como contextos de influências nos ciclos de políticas de currículo, buscamos identificar evidências de disputas entre essas abordagens, em diferentes contextos de produção de políticas curriculares como são: (i) A mediação docente e os condicionantes escolares– recorrendo a estudos sobre mediações e seleções docentes; (ii) A produção de conhecimento na pesquisa em Educação, em Ciências e na Formação de Professores – por meio de consulta do levantamento bibliográfico realizado em periódicos de Educação em Ciências; e finalmente (iii) As políticas públicas para a Educação–analisando documentos curriculares oficiais, que expressam sentidos de Saúde no currículo escolar. Buscando evidenciar essa disputa entre abordagens curriculares, a análise de evidências sugere que as abordagens biomédicas e higienistas, vem sendo progressivamente interpeladas, e encontram-se em disputa com enfoques sociais e culturais, produzindo mudanças nas concepções de corpo humano e a saúde que circulam nos currículos de Ciências.