Padrões de empilhamento estratigráfico e seus reflexos na morfologia da barreira costeira holocênica no litoral médio do Rio Grande do Sul, Brasil

Neste trabalho, investigou-se com detalhe a barreira holocênica do litoral médio do Rio Grande do Sul (RS), entre as localidades do Estreito e de Bacupari. Este trecho do litoral corresponde a mais expressiva projeção costeira de larga-escala da costa do RS. Dados geofísicos (Georadar) e geomorfológ...

Full description

Autores:
Borges de Bitencourt, Volney Junior
Dillenburg, Sergio
Guimarães Barboza, Eduardo
Rosa, Maria Luiza
Manzolli, Rogerio Portantiolo
Tipo de recurso:
Article of journal
Fecha de publicación:
2020
Institución:
Corporación Universidad de la Costa
Repositorio:
REDICUC - Repositorio CUC
Idioma:
por
OAI Identifier:
oai:repositorio.cuc.edu.co:11323/7132
Acceso en línea:
https://hdl.handle.net/11323/7132
http://dx.doi.org/10.20502/rbg.v21i3.1789
https://repositorio.cuc.edu.co/
Palabra clave:
Georadar (GPR)
Evolução Costeira
Balanço sedimentar
Ground penetrating radar (GPR)
Coastal evolution
Sediment budget
GIS
Rights
openAccess
License
CC0 1.0 Universal
Description
Summary:Neste trabalho, investigou-se com detalhe a barreira holocênica do litoral médio do Rio Grande do Sul (RS), entre as localidades do Estreito e de Bacupari. Este trecho do litoral corresponde a mais expressiva projeção costeira de larga-escala da costa do RS. Dados geofísicos (Georadar) e geomorfológicos superficiais permitiram importantes descobertas. Na porção sul da projeção costeira, entre o Estreito e o setor norte da Lagoa do Peixe, a barreira holocênica exibe um comportamento evolutivo dominantemente retrogradacional (provavelmente desde 6 ka até o presente), o qual foi determinado por um longo período de balanço negativo de sedimentos. Já na porção norte da projeção, entre o Balneário Mostardense e Bacupari, a barreira mostra uma inversão de comportamento retrogradacional para progradacional. Tal mudança evolutiva, expressa numa progradação que varia de 230 a 1800 m, é possivelmente oriunda de uma alteração no balanço de sedimentos (balanço negativo para positivo) que pode ter ocorrido somente há alguns séculos, ou mesmo poucos milênios. A mudança para um padrão de empilhamento progradacional mostrou-se crescente em dimensão (extensão do registro progradacional) do meio para o norte da projeção costeira. É possível sugerir que essas tendências evolutivas em escala geológica (10²-10³ anos) vão continuar no decorrer das próximas décadas. Informações acerca do comportamento evolutivo da linha de costa nos últimos séculos e milênios podem servir como subsídios do meio físico na gestão costeira do litoral médio do RS.